Já parou para pensar em quantas vezes desejamos ardentemente algo, a ponto de idealizar que, ao alcançar esse objetivo, a felicidade eterna finalmente nos abraçaria? Que a realização plena, a tão sonhada completude, seria enfim conquistada? Aposto que sim! E o que aconteceu depois que você atingiu essa meta?
Provavelmente, experimentamos um pico de euforia, uma onda de excitação, talvez até uma genuína sensação de conquista. Mas, sejamos honestos, essa sensação foi efêmera. Logo, novos desafios, novas metas surgiram no horizonte, e lá estávamos nós novamente, embarcando em mais uma busca incessante por algo que nos traria a "felicidade". E o mais curioso é que o significado da própria felicidade parece se metamorfosear a cada nova "situação da vida".
Mas por que enfatizo tanto a expressão "situação da vida"? Porque reside aí um dos nossos maiores equívocos em relação a nós mesmos. A vida é única, indivisível, uma corrente contínua que flui através de diversas situações. É por isso que nos enganamos quando, ao nos perguntarem "como você está?", respondemos com um simplista "a vida está boa" ou "a vida está ruim". Na realidade, estamos apenas descrevendo a situação momentânea, e não a vida em sua totalidade. Outro engano comum se manifesta na afirmação "A minha vida está...". Ao usarmos o possessivo "minha", implicitamente assumimos que possuímos a vida, quando, na verdade, nós somos a própria Vida.
Mas por que incorremos nesses erros de percepção? A resposta é crucial: porque, na maioria das vezes, é o nosso Ego que se manifesta, usurpando o lugar do nosso Ser integral. Ele se apresenta como se fosse a totalidade do nosso ser, quando, em verdade, representa apenas uma minúscula, embora importante, parcela da nossa psique, da nossa Alma. E aqui reside o cerne do nosso problema enquanto indivíduos e enquanto humanidade: a identificação e o culto ao nosso Ego, ou seja, o Egoísmo. A terminação "-ismo" denota uma doutrina, um culto à palavra que a precede. Hinduísmo, Cristianismo, Budismo... e Egoísmo. Percebe a semelhança?
Contudo, é fundamental reiterar que o Ego desempenha um papel vital em nossa estrutura psíquica. Exploraremos essa importância em detalhes em um próximo encontro, desvendando as nuances desse complexo aspecto da nossa personalidade.
Por ora, convido você a meditar sobre esse novo entendimento. A simples compreensão de que você é a Vida que se manifesta, e não meramente refém das "situações da vida", já traz uma profunda transformação. Essa compreensão facilita o processo de desidentificação com os eventos que nos acontecem, sejam eles agradáveis ou dolorosos. Ao internalizar que todo evento é passageiro e não define quem você é em sua essência, você gera menos sofrimento e se liberta de amarras ilusórias. Lembre-se: Você é a Vida que se manifesta. Essa é a chave para a libertação.manifesta.
Você é um Anjo com Amnésia que esqueceu sua própria Essência. LEMBRE-SE.
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