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O Tirano Dentro de Nós: Como Romper o Ciclo do Bullying, da Opressão e do Egoísmo com Senso Crítico e Empatia

Foto do escritor: Reildo SouzaReildo Souza

Atualizado: há 6 dias

Carl Jung, o psiquiatra suíço e gênio por trás da Psicologia Analítica, trouxe uma revelação um tanto desconfortável para todos nós: dentro de cada um de nós existe uma sombra—a parte reprimida da nossa psique que preferimos ignorar. E adivinhe o que está escondido lá dentro? Um mini-tirano sedento por poder e um valentão de coração gelado. Sim, parabéns, você carrega um pequeno ditador dentro de você!

Mas antes de entrar em pânico e questionar sua integridade moral, respire fundo e vamos entender por que isso acontece.


Adoramos apontar o dedo. O valentão da escola, o chefe tóxico, os políticos sedentos por poder—eles são o problema, certo? Se o mundo se livrasse deles, tudo seria perfeito! Bom… não tão rápido.


Jung nos alerta: aquilo que odiamos nos outros pode ser exatamente o que estamos reprimindo em nós mesmos. E a verdade é que todo o sistema de opressão só sobrevive porque, em algum nível, todos nós contribuímos para ele.


Já fez alguma dessas coisas?

  •  Viu alguém ser humilhado e não fez nada porque, bem, não era problema seu?

  •  Riu nervosamente de uma piada cruel só para se enturmar?

  •  Ignorou o sofrimento de alguém porque se envolver poderia te prejudicar?

  •  Usou um pouquinho do seu poder para diminuir outra pessoa?


Pois é. Parece que o “problema” não está só lá fora. Ele é um padrão profundamente enraizado na nossa psique coletiva. A má notícia? Fomos programados assim. A boa notícia? Podemos nos reprogramar.


Por Que as Pessoas Continuam Cultuando Tiranos? Porque Foram Treinadas Para Isso!


Já ouviu falar de La Boétie? Ele foi um filósofo genial do século XVI que disse, basicamente, que tiranos só existem porque nós os alimentamos. E como fazemos isso? Através da educação.


Agora, antes de você começar a redigir um e-mail furioso para sua antiga escola, vamos esclarecer: não estamos falando de matemática ou história (embora, sejamos honestos, a história esteja cheia de tiranos). Estamos falando de um sistema que nos ensina a:

  •  Obedecer sem questionar—porque pensar por conta própria dá trabalho.

  •  Competir em vez de cooperar—porque nada fortalece a opressão como uma sociedade dividida.

  •  Medir nosso valor pelo sucesso e status—porque pessoas inseguras são mais fáceis de manipular.

  •  Repetir informações sem analisar—porque quem precisa de pensadores independentes quando pode ter trabalhadores obedientes?


E assim, crescemos acreditando que subir na hierarquia do poder é o objetivo. Não sonhamos com um mundo justo; só queremos ser nós a dar as ordens, e não a recebê-las.


Mas e se tivermos sido enganados? E se o verdadeiro sucesso não for sobre dominação, mas sobre libertação?


Se a opressão é alimentada pelo egoísmo e pela sede de controle, então a empatia é seu maior inimigo.


Mas vamos esclarecer uma coisa—empatia não é só “ser bonzinho” ou “sentir pena dos outros”. É um ato radical de enxergar a dor do outro como se fosse sua e fazer algo a respeito.


 Um agressor não sente empatia, porque vê as pessoas como objetos para dominar.

  •  Um sistema corrupto não sente empatia, porque o sofrimento alheio é “problema dos outros”.

  •  Quando ignoramos uma injustiça, não é porque somos maus—é porque o medo e a zona de conforto são muito convincentes.


Aqui está a verdade incômoda: não existe neutralidade diante do sofrimento. Ou você ajuda a quebrar o ciclo, ou ajuda a perpetuá-lo.

Se realmente queremos mudar o jogo, precisamos construir uma sociedade baseada na empatia—uma que não premie a crueldade, mas celebre a conexão.


Ok, já falamos sobre como a empatia nos ajuda a enxergar o problema. Mas como garantir que não sejamos enganados pelo sistema de novo? Com pensamento crítico, caro leitor.

O pensamento crítico nos permite:

  •  Reconhecer nossos próprios vieses—porque nosso cérebro pode ser um mentiroso esperto.

  •  Questionar a autoridade (sim, até os “bonzinhos”)—porque poder sem fiscalização sempre se torna perigoso.

  •  Enxergar além da manipulação emocional—porque a propaganda funciona melhor quando estamos com medo.

  •  Entender que felicidade não tem a ver com controle—porque uma mente livre não precisa dominar ninguém.

Se criarmos uma geração que pensa por conta própria, a próxima leva de tiranos não terá chance.


Então, Onde Começa a Revolução? (Dica: Com Você, Agora Mesmo)

Neste ponto, você pode estar pensando: “Ok, entendi. Mas o que eu realmente posso fazer?”

Aqui está o segredo—revolução nem sempre parece protestos e quedas de governos. Às vezes, ela está em pequenas escolhas diárias.

A revolução acontece quando você:

  •  Percebe quando seu mini-tirano interno quer assumir o controle. (Ei, todos temos nossos momentos!)

  •  Trata as pessoas com respeito, mesmo quando ninguém está olhando. (Integridade = poder.)

  •  Se recusa a participar de sistemas baseados na opressão, mesmo que isso seja inconveniente.

  •  Pensa criticamente, para que ninguém te transforme em peão no jogo deles.

  •  Cultiva empatia, porque sem ela, até a mente mais brilhante vira só mais uma arma.

No fim das contas, liberdade real não é apenas não ser oprimido—é não precisar oprimir ninguém para se sentir livre.

E essa, meu amigo, é a única revolução que realmente vale a pena lutar.





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